ATA DA SEXAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 23-8-2006.

 


Aos vinte e três dias do mês de agosto do ano de dois mil e seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Cassiá Carpes, Ervino Besson, João Antonio Dib, Luiz Braz, Maria Celeste, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Professor Garcia, Raul Carrion e Sofia Cavedon. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, DJ Cassiá Gomes, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Manuela d'Ávila, Mario Fraga, Margarete Moraes, Maristela Maffei, Mônica Leal, Paulo Odone, Sebastião Melo e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Aldacir Oliboni, os Pedidos de Providência nos 1638, 1639, 1640, 1641 e 1642/06 (Processos nos 4365, 4366, 4367, 4368 e 4369/06, respectivamente); pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, o Projeto de Lei do Legislativo nº 183/06 (Processo nº 4142/06); pelo Vereador Carlos Todeschini, os Pedidos de Providência nos 1630, 1631, 1632 e 1637/06 (Processos nos 4340, 4341, 4342 e 4356/06, respectivamente); pelo Vereador Claudio Sebenelo, os Pedidos de Providência nos 1643 e 1644/06 (Processos nos 4370 e 4371/06, respectivamente); pelo Vereador Elias Vidal, o Projeto de Lei do Legislativo nº 186/06 (Processo nº 4271/06); pelo Vereador Elói Guimarães, os Pedidos de Providência 1635 e 1636/06 (Processos nos 4345 e 4355/06, respectivamente); pelo Vereador Ervino Besson, os Projetos de Lei do Legislativo nos 185 e 187/06 (Processos nos 4199 e 4285/06, respectivamente); pela Vereadora Maria Celeste, os Pedidos de Providência nos 1645, 1646 e 1647/06 (Processos nos 4372, 4373 e 4374/06, respectivamente); pela Vereadora Neuza Canabarro, os Pedidos de Providência nos 1633 e 1634/06 (Processos nos 4343 e 4344/06, respectivamente). Também, foi apregoado o Ofício nº 749/06, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 033/06 (Processo nº 4360/06). Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 736/06, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; 10458180 e 10552035/06, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde; Comunicado nº 96290/06, do Senhor Daniel Silva Balaban, Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Na ocasião, constatada a existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Qüinquagésima Sétima, Qüinquagésima Oitava e Qüinquagésima Nona Sessões Ordinárias e da Trigésima Sexta, Trigésima Sétima, Trigésima Oitava, Trigésima Nona, Quadragésima e Quadragésima Primeira Sessões Solenes. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram, em 1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/06, discutido pelo Vereador João Antonio Dib, os Projetos de Lei do Legislativo nos 145 e 182/06, discutidos pelo Vereador Raul Carrion, 155 e 157/06, discutidos pelo Vereador João Antonio Dib, 154/06, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Adeli Sell, 168/06, discutido pelos Vereadores Adeli Sell e Aldacir Oliboni, e 179/06, discutido pelo Vereador Professor Garcia. Na oportunidade, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Dr. Goulart, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente DJ Cassiá Gomes, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL. A seguir, a Vereadora Sofia Cavedon procedeu à leitura e entrega, ao Senhor Presidente, de complementação do Pedido de Diligências de autoria das Bancadas do PT e do PCdoB, encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça, referente ao Projeto de Lei do Executivo nº 021/06. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Sofia Cavedon discutiu o Projeto de Lei do Executivo nº 021/06, que institui a Gratificação de Resultado Fazendário em Porto Alegre, questionando o pedido de urgência feito pela Vereadora Clênia Maranhão em relação a esse Projeto. Ainda, cobrou esclarecimentos acerca de pontos que considera dúbios nessa proposta, alegando que, caso seja aprovada a Gratificação de Resultado Fazendário, haverá um aumento do déficit municipal. O Vereador Ibsen Pinheiro, manifestou solidariedade aos candidatos à presidência da República multados pela Justiça Eleitoral em razão do uso de recursos públicos para divulgação de suas campanhas eleitorais. Nesse sentido, desaprovou o que justificou como “criminalização da campanha”, debatendo o que poderia ou não ser enquadrado como ato ilícito, de acordo com a legislação vigente, e citando exemplos do que considera exageros no exercício da censura sobre atos alheios. A Vereadora Manuela d'Ávila, salientando o pronunciamento do Vereador Ibsen Pinheiro em Comunicação de Líder, referiu-se ao Requerimento nº 119/06, que propõe Moção de Repúdio à emissora MTV Brasil, pela campanha “Pacto MTV sobre eleições. Prepare ovos, tomates e, principalmente, a pontaria”. Ainda, desaprovou a postura de órgãos de comunicação e de parte da sociedade, relativamente à campanha eleitoral, afirmando que temas relevantes deverão ser debatidos pelos candidatos. O Vereador Claudio Sebenelo questionou notícias veiculadas pela imprensa, relativas a avanços do Brasil nas áreas econômica e social, argumentando que existem graves problemas de desemprego, segurança e educação a serem sanados no País. Também, comentou acusações de envolvimento de integrantes do Governo Federal em casos de corrupção e desvio de verbas públicas e protestou contra a situação dos serviços de saúde disponibilizados à população brasileira. A Vereadora Clênia Maranhão aplaudiu o pronunciamento do Vereador Ibsen Pinheiro em Comunicação de Líder, sublinhando a relevância da realização de discussões, neste Legislativo, sobre temas referentes à situação política brasileira. Nesse sentido, discorreu sobre a insatisfação constatada na sociedade, em função de casos de desvio de recursos públicos e de corrupção, sustentando que esses acontecimentos devem servir de marco para a reavaliação das instituições políticas nacionais. O Vereador Ervino Besson defendeu a atuação do Prefeito José Fogaça, examinando questões relativas ao reajuste salarial dos municipários e declarando que a suspensão do pagamento bimestral desse reajuste ocorreu no período em que o Partido dos Trabalhadores esteve na direção de Porto Alegre. Também, criticou a gestão desse Partido na Presidência da República, asseverando que a área da saúde não vem recebendo os recursos federais a ela destinados pela legislação vigente. O Vereador Cassiá Carpes abordou problemas enfrentados pelos servidores públicos municipais, em especial a falta de acesso adequado a serviços de saúde, solidarizando-se com essa categoria, mas questionando formas de mobilização por ela adotadas na busca de melhores condições salariais e de trabalho. Ainda, analisou o quadro político-partidário brasileiro, afirmando que um grande número de pequenos Partidos hoje existentes serão extintos após as eleições de outubro deste ano. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Luiz Braz, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Após, a Vereadora Clênia Maranhão formulou Requerimento verbal, solicitando a suspensão dos trabalhos da presente Sessão, para reunião de Comissões Permanentes. Às quinze horas e quarenta e um minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos para a realização de reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo retomados às dezessete horas e quinze minutos, constatada a existência de quórum. Às dezessete horas e dezessete minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e dezenove minutos, constatada a existência de quórum. Em Votação, foram votados conjuntamente e aprovados os Requerimentos nos 119, 120 e 123/06 e o Requerimento s/nº (Processo nº 3835/06). A seguir, o Senhor Presidente manifestou-se acerca da ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foram votados conjuntamente e aprovados os Projetos de Lei do Executivo nos 007 e 013/06. Em Discussão Geral e Votação, foram votados conjuntamente e aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nos 285/05, 019, 031, 085, 088 e 100/06 e os Projetos de Resolução nos 067, 068 e 076/06, após serem discutidos pela Vereadora Mônica Leal. Em prosseguimento, foram apregoadas as seguintes Emendas ao Substitutivo nº 02 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 104/03 (Processo nº 2225/03): de nº 01, proposta pelo Vereador Aldacir Oliboni e assinada pela Vereadora Sofia Cavedon, Líder da Bancada do PT; de nos 02 e 04, de autoria da Vereadora Clênia Maranhão, Líder da Bancada do PPS; e de nº 03, de autoria do Vereador Bernardino Vendruscolo, Líder da Bancada do PMDB. Em Discussão Geral e Votação, foi votado o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 201/04, o qual obteve dez votos SIM e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Carlos Todeschini, tendo votado Sim os Vereadores Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, DJ Cassiá Gomes, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Bosco Vaz, José Ismael Heinen, Mario Fraga e Mônica Leal e optado pela Abstenção o Vereador João Antonio Dib, votação esta declarada nula pelo Senhor Presidente, em face da inexistência de quórum deliberativo. Às dezessete horas e trinta e seis minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Luiz Braz e secretariados pelos Vereadores Haroldo de Souza e Professor Garcia, este como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Haroldo de Souza, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. N. 3449/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 145/06, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que institui o Bosque dos Bravos em homenagem aos vinte e um militares gaúchos integrantes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) falecidos na 2ª Guerra Mundial, em espaço a ser definido pelo Executivo Municipal, e estabelece a constituição do Bosque.

 

PROC. N. 3598/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 154/06, de autoria do Ver. Jocelin Azambuja, que autoriza o executivo Municipal a instituir o Plano Cicloviário de Porto Alegre e revoga a Lei n. 6.987, de 27 de dezembro de 1991.

 

PROC. N. 3599/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 155/06, de autoria do Ver. Jocelin Azambuja, que declara de utilidade pública a Associação dos Amigos e Moradores do Bairro Menino Deus (ASSAMED).

 

PROC. N. 3601/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 157/06, de autoria do Ver. Jocelin Azambuja, que autoriza o Executivo Municipal a firmar convênio com o Ballet Mariinsky (Kirov), da cidade-irmã de Porto Alegre, São Petersburgo, na Federação Russa, visando estimular e desenvolver a arte do balé e da dança em Porto Alegre.

 

PROC. N. 3909/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 168/06, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que institui o Programa Acolhimento na rede de atendimento à saúde do Sistema Único de Saúde, em Porto Alegre, nos termos do Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar e da 11ª Conferência Nacional de Saúde.

 

PROC. N. 4066/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 179/06, de autoria do Ver. Professor Garcia, que denomina Rua Antonio Carlos Guimarães o logradouro público cadastrado, conhecido como Viaduto Imperatriz Leopoldina - Acesso Oeste, localizado no Bairro Centro.

 

PROC. N. 4122/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 182/06, de autoria dos Vereadores Raul Carrion e Manuela d'Ávila, que institui o Dia Municipal do Frentista, a ser comemorado, anualmente, no dia 18 de março.

 

PROC. N. 4250/06 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 006/06, que revoga o § 1º do artigo 145 da Lei Complementar n. 395, de 26 de dezembro de 1996 - Código Municipal de Saúde.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, ao longo do tempo eu tenho defendido uma tese e tenho perdido sempre. Não se pode fazer a substituição de um Vereador licenciado, quer seja por tratamento de saúde ou para tratar de interesses particulares, por um dia, por dois dias. Penso que isso é uma afronta. Acho que as coisas se complicam seriamente. No Senado ou na Câmara Federal o período tem de ser de 120 dias. Na Assembléia Legislativa, acontece o mesmo. Aqui nós trocamos de Vereador por um dia, por dois dias, e com isso a Câmara termina pagando, naqueles um, dois ou três dias, os dois Vereadores, geralmente, porque a maioria dos atestados é para tratamento de saúde. Deveriam ser 120 dias. Eu já tentei 15, e não 120, mas não consegui. Acho que em menos de 30 dias não se poderia fazer substituição de Vereador. Nós temos 36 Vereadores, portanto um, dois, três, cinco não fazem falta. Por que eu estou falando isso? O Vereador assumiu por um dia e apresenta, aqui, três Projetos de Lei. O problema deste País é o excesso de leis, e não a falta de leis! Faz-se lei, mais lei, e ninguém lembra de fazer com que a lei seja cumprida!

Então, o Vereador apresenta um Projeto de Lei que autoriza o Executivo Municipal a instituir o Plano Cicloviário de Porto Alegre. Quem está impedindo o Executivo Municipal de apresentar um Projeto instituindo o Plano Cicloviário de Porto Alegre? Quantas leis já existem sobre ciclovias em Porto Alegre de autoria do mesmo Vereador e de outros Vereadores? Quantas? Muitas. Aliás, a nossa Procuradoria anexa, junto com a solicitação, autorização para instituir o Plano Cicloviário. Bom, outro Projeto trata da Declaração de Utilidade Pública. Imagino que o Vereador tenha anexado todos os documentos necessários para que se autorize a Utilidade Pública. Por outro lado, um terceiro Projeto autoriza o Executivo Municipal a firmar convênio com o Ballet Mariinsky - balé russo. Ninguém impediu o Executivo Municipal de fazer um convênio com o balé russo. Agora, pensando bem, em que termos se faria esse convênio? Por quê? Quais as razões do convênio?

Então, nós hoje temos leis, leis e mais leis. Temos um, dois, três, quatro, cinco, oito Projetos de Lei em 1ª Sessão de Pauta; desses oito, um é do Executivo, e sete são do Legislativo. O Executivo está pretendendo fazer uma alteração no Código Municipal de Saúde, no sentido de que os proprietários que não desejem mais manter sob sua guarda seus animais possam, segundo a lei, entregá-los ao órgão responsável pelo cuidado daquele tipo de animal. O Executivo está, pura e simplesmente, solicitando que seja retirado o § 1º do art. 145. Esqueceram-se até - com todas as condições que tem o Executivo de fazer um belo Projeto de Lei; e a lei deve ser clara, precisa, concisa, para ser respeitada - de que, retirando o § 1º, deveriam renumerar os outros dois. Nem isso fizeram, apenas sugeriram, sem maiores razões do por quê vão fazer ou deixar de fazer.

Portanto, Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, o nosso problema não é falta de lei, é excesso de lei, e as leis em excesso prejudicam as boas leis. As leis inócuas prejudicam as boas leis; isso já era dito antes de Cristo, não é de agora! Antes de Cristo! Então, nós não precisamos de mais leis.

Eu acho que é chegada a hora de fazer uma revisão do nosso Regimento Interno e não permitir licenças de um dia, dois dias ou de uma semana; no mínimo, deveria ser de 30 dias. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, hoje está tramitando em 1ª Sessão de Pauta um Projeto de minha autoria que denomina Rua Antonio Carlos Guimarães o logradouro público cadastrado e conhecido como Viaduto Imperatriz Leopoldina, Acesso Oeste. O Viaduto Imperatriz Leopoldina, Acesso Oeste - o Ver. Adeli estava perguntando -, fica próximo à UFRGS. Havia uma parte do Viaduto que não tinha nome, e nós, então, a estamos denominando de Rua Antonio Carlos Guimarães.

Quem foi Antonio Carlos Guimarães? É importante salientar que o Professor Antonio Carlos Guimarães, mais conhecido como Professor Guima - eu tive oportunidade, durante três anos, de ser seu colega de sala de aula, nós nos formamos juntos na UFRGS -, veio a ser Diretor da Faculdade de Educação Física da UFRGS e era o Pró-Reitor de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ele, de forma abrupta, no dia 22 de outubro do ano passado, foi atropelado aqui na Avenida Beira-Rio por um carro. Foi uma comoção, inclusive lembro que, na época, houve várias manifestações - ele estava andando de bicicleta, ele era um triatleta, quando foi atropelado por um carro dirigido em alta velocidade.

Essa é uma das formas, no nosso entendimento, de marcar a presença desse professor ilustre, Pró-Reitor da UFRGS, um pesquisador, um cientista que contribuiu, e muito, para o engrandecimento da atividade física, do desporto, da fisiologia humana no nosso País. E quis o destino que nós conseguíssemos, para fazer-lhe uma homenagem, uma rua próxima da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, quer dizer, esse Acesso é próximo ao Viaduto, próximo à Universidade, próximo à Reitoria da UFRGS. É uma homenagem simples, singela, mas é para alguém que durante muitos anos, tenho certeza, contribuiu para a causa da pesquisa da fisiologia humana, para a causa do desporto, para a causa da melhoria das condições e da qualidade das universidades públicas do nosso País. E ele foi daquelas pessoas que sempre trabalharam, atuaram e acreditaram na melhoria das condições da universidade pública. Eu, oriundo de universidade pública, sou daqueles que acreditam e defendem que, cada vez mais, as nossas universidades públicas têm que ter aulas noturnas, acredito que deve ser ampliado o número de vagas, porque isso faz com que essa qualidade do ensino possa ser superada.

Hoje o Projeto está em 1ª Sessão de Pauta, e eu peço, de antemão, que os colegas Vereadores tenham a sensibilidade de, daqui a algum tempo, acolher este Projeto, pois eu tenho certeza de que ele vai honrar, e muito, a cidade de Porto Alegre no sentido de ter uma rua, um logradouro público com o nome do Professor Antonio Carlos Guimarães. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ADELI SELL: Caro Ver. Braz, na presidência dos trabalhos; colegas Vereadores e Vereadoras, cidadãs e cidadãos que acompanham a nossa Sessão na tarde de hoje, nós queríamos nos manifestar acerca do Programa de Acolhimento na rede de atendimento à saúde do Sistema Único de Saúde - o SUS -; essa proposta feita pelo nosso colega de Bancada Oliboni. Efetivamente, se lermos a matéria de forma genérica, talvez não saibamos exatamente do que se trata, mas o Vereador pretende - e com isso eu concordo - que haja uma equipe, preferencialmente multidisciplinar, nas entradas dos Atendimentos do Sistema Único de Saúde, em especial em nossos hospitais. Isso para que os pacientes que ali chegam com algumas dificuldades como pressão alta, dificuldade de respiração, enfim, com algum problema dessa ordem, possam ter essas condições imediatamente constatadas e ser encaminhados à primeira forma de atendimento, e não como acontece hoje, ou seja, o sujeito chega e passa às vezes por uma fila até chegar a um atendente que não é um profissional de Saúde, mas um servidor que faz o trabalho apenas burocrático daquela instituição. Por isso eu acho que é importante discutirmos esse Projeto e que possamos aprová-lo.

Uma outra questão que eu queria discutir é a proposta que o Ver. Dib já mencionou, do Plano Cicloviário. Eu estou cansado - confesso - desse “papo” de Plano Cicloviário para Porto Alegre. Eu sei que está sendo feito um estudo, vão ser gastos alguns mil reais para ficar novamente na gaveta, porque não vão aplicar. Enquanto isso, Verª Manuela, eu vejo, nessas manhãs frias de Porto Alegre - eu circulo pela Cidade, sei que a Verª Manuela faz a mesma coisa -, pessoas se deslocarem para os seus locais de trabalho, para os seus locais de estudo, com bicicletas, nas condições mais desfavoráveis, por quê? Primeiro, porque há uma falta de educação para o trânsito na cidade de Porto Alegre, há, inclusive, um aumento de atropelamentos. Por isso, eu acho que nós não precisamos fazer muitos estudos, não temos que instituir nenhum Plano, nós temos é que fazer, realizar, nós temos que ter locais para que as pessoas possam deixar suas bicicletas, como temos para as motocicletas no Centro, enfim, alguma coisa do gênero, porque nós só discutimos, e eu sei que a Verª Manuela propôs algo nesse sentido.

Então, é por demais penoso ter que toda vez ouvir e ler projetos que, na verdade, são mais para figurar do que para aprovar. A minha idéia é a seguinte: ou este Parlamento tem resultados, que faça as coisas, que cobre do Executivo, que cumpra o seu papel, ou, senão, a população vai ficar muito desanimada conosco.

E, finalmente, gostaria de dizer ao Ver. Garcia que, de fato, a gente procura muitas vezes o nome daquela parte da rua, então nada melhor do que nominar, mas mais importante do que nominar é colocar placas. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado, Ver. Adeli.

O Ver. Dr. Goulart solicita Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje. A Mesa declara empossado o Suplente, Ver. DJ Cassiá Gomes, nos termos regimentais, que integrará a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul.

O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Ver. Luiz Braz, na presidência dos trabalhos; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, público que acompanha o Canal 16, entre os Projetos apresentados em 1ª Sessão de Pauta, há um Projeto de minha autoria que institui em Porto Alegre o Programa Acolhimento na rede de atendimento à saúde do Sistema Único de Saúde, nos termos do Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar e da 11ª Conferência Nacional de Saúde.

O que é o Programa Acolhimento? Quem já foi ou precisou ser atendido no Grupo Hospitalar Conceição, na nova Emergência, já pôde constatar, na verdade, o que é o Acolhimento. É uma equipe multidisciplinar formada por uma enfermeira, por um técnico de enfermagem ou por um médico habilitado, pessoas que podem dar um primeiro atendimento à pessoa que chega à Emergência ou ao PSF, Posto de Saúde da Família.

Nós percebemos hoje - e pude constatar nas inúmeras visitas que fizemos, como Comissão de Saúde e Meio Ambiente, a diversos postos de saúde de Porto Alegre e  também a hospitais conveniados - que a grande maioria - eu, o senhor, o cidadão, a cidadã -, ao chegar a uma emergência, a primeira coisa que faz é entrar numa fila para que o secretário ou o auxiliar administrativo atenda, para ele fazer uma ficha de atendimento. Depois, num determinado tempo, é que chega a oportunidade de ser atendido, ser medicado, sendo que em alguns hospitais isso demora duas, três, quatro, cinco horas. E não existe essa relação entre médico ou enfermeiro e paciente para poder perceber a gravidade da doença ou a gravidade do problema daquele cidadão que ali chega.

Vejam, senhores, chega, por exemplo, um cidadão hipertenso, com a pressão 18 por 10, 16 por 9, 20, 22 por 12, isso é no dia-a-dia. Chega um cidadão com falta de ar, que tem bronquite, problema de asma, esse cidadão não tem condições de esperar uma hora, trinta minutos, imaginem quatro horas. Nós precisamos é instituir, no Município de Porto Alegre, na rede de serviços públicos e nos hospitais conveniados, uma forma de atender esse cidadão que está chegando e que precisa do atendimento de urgência, que precisa imediatamente ser medicado, nem que isso seja feito por um técnico de enfermagem, nem que seja por um enfermeiro, para, posteriormente, após a nebulização, após a verificação da pressão, ele passar pelo médico.

O Programa Acolhimento não é mais do que isso, é um atendimento imediato, rápido, para que a pessoa possa ter a oportunidade de ressuscitação, de recuperação da sua vida. Então, é nesse sentido que o Programa Acolhimento vai ajudar muito a cidade de Porto Alegre, não importa de onde venha o paciente, o que importa é que as pessoas possam ter um atendimento humanizado, para que não haja inúmeras e inúmeras reclamações, que vêm para todos os Vereadores, vêm para o Governo, inclusive. Não é preciso admitir novos funcionários, a mesma equipe pode ser deslocada, pode ser revezada para fazer esse Acolhimento quando chega o paciente. É como se chegasse um paciente em uma maca, e, diretamente, ele fosse para Emergência em uma área especial, uma área de observação, ou UTI. Nós precisamos que alguém olhe primeiro a cara do paciente que está chegando, que é hipertenso, que tem falta de ar, enfim, que seja vítima de um acidente, para haver a oportunidade concreta de ali, em questão de minutos, salvar sua vida.

É nesse sentido que o Programa Acolhimento vem ajudar, creio eu, muito a cidade de Porto Alegre, vem ajudar muito os cidadãos e as cidadãs que, todo o santo dia, precisam desse Acolhimento, principalmente, no inverno, quando, queiram ou não, os hospitais estão mais lotados, existem mais pacientes, todas as Emergências estão lotadas; precisamos humanizar esse serviço. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Luiz Braz, que preside os trabalhos nesta tarde; demais Vereadores e Vereadoras, todos que nos acompanham nesta Sessão, nós, em primeiro lugar, gostaríamos de fazer referência a um Projeto meu e da Verª Manuela D’Ávila que institui, na cidade de Porto Alegre, o Dia do Frentista, ou seja, do trabalhador nos postos de combustíveis de Porto Alegre.

A data que está sendo sugerida é o dia 18 de março, que foi indicada e escolhida pela própria categoria, que nos trouxe essa demanda pelo fato de ser a data da sanção da Lei nº 7.973, uma lei de minha autoria, do ano de 1997 - na verdade, o Projeto é de 1996, e a sanção se deu em 1997. Foi a primeira lei de uma Capital neste Brasil, Verª Manuela, que proibiu o auto-abastecimento nos postos de combustíveis.

É bom lembrar que naquele período, em 1996 principalmente, começaram a ser instaladas em Porto Alegre bombas de auto-abastecimento, ou seja, o cidadão, a cidadã, por um desconto, naquele momento, de alguns centavos - que logo, logo desapareceria -, teria que se auto-abastecer de combustível. Pois bem, quais seriam os resultados dessa orientação?

Primeiro, nós teríamos a perda de trabalho de milhares de trabalhadores; os chamados bombeiros ou frentistas, que trabalham nos postos de combustível, perderiam o seu ganha-pão. Segundo, nós teríamos graves riscos à saúde e à segurança dos próprios usuários. Imaginem, uma pessoa grávida, a gasolina, o óleo são combustíveis tóxicos, são substâncias que fazem mal à saúde, então as pessoas estariam, de forma despreparada, sem proteção, correndo riscos de doenças decorrentes do uso das bombas de gasolina. Terceiro, haveria riscos de segurança muito grandes. Um posto de gasolina, uma bomba, é um explosivo, é incendiário, correm-se riscos. Tanto que o frentista ganha insalubridade, periculosidade. Então, pessoas leigas estariam correndo risco de provocar um incêndio, como uma pessoa fumando fazendo o auto-abastecimento, por exemplo, além do meio ambiente ser prejudicado. Por fim, causaria, inclusive, a monopolização dos postos pelas grandes distribuidoras, como Texaco, Shell, mesmo a BR, porque desapareceria, com a impessoalização do atendimento, a figura do posto, do gerente do posto, que tem toda uma relação pessoal.

Fruto disso, com o apoio do Sindicato dos Proprietários de Postos, com o apoio dos frentistas, nós aprovamos essa lei, e essa lei, em seguida, serviu de paradigma para outras leis em outras Capitais e cidades, sendo promulgada uma Lei Federal que sanou o problema. Os frentistas querem consagrar essa data como a data do Dia do Frentista.

E o frentista existe em qualquer cidade. Pode não existir o Banco do Brasil, pode não existir correio na cidade, mas não há uma cidade, não há uma estrada, uma grande via, que não tenha um posto de combustível e, lá, a figura do frentista. Por isso, o nosso Projeto.

Eu queria também me solidarizar com o Ver. José Ismael Heinen pelo Projeto que institui o Bosque dos Bravos, em homenagem aos 21 militares gaúchos integrantes da FEB, militares que faleceram defendendo a democracia, defendendo o nosso Brasil nos campos de batalha da Europa. Lembro também o grande papel que teve nessa luta o Partido Comunista do Brasil, que defendeu o envio de uma Força Expedicionária Brasileira para os campos de batalha da Europa, porque entendia que lá se decidiam os destinos da democracia, os destinos da própria humanidade, naquele confronto com a besta nazi-fascista. Parabéns, Ver. Ismael, pode contar com o nosso voto e o nosso apoio, o da Bancada do PCdoB. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Está encerrado o período de Pauta.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; entrego a V. Exª, para que faça chegar à Comissão de Constituição e Justiça, ao Sr. Presidente Ibsen Pinheiro, uma complementação ao Pedido de Diligências referente ao PLE nº 021/06, que institui a Gratificação de Resultado Fazendário. Nós complementamos essa Diligência, e o faço publicamente em função de não termos recebido o retorno no sentido de saber se já foi acolhida a Diligência e enviada à Prefeitura Municipal, porque há muitas dúvidas e elementos que a nossa Bancada e a Bancada do PCdoB consideram fundamental que sejam esclarecidos, colocados junto ao Projeto, para a Casa melhor avaliar. A essa Diligência, então, acrescentamos quatro pedidos, os quais leio muito rapidamente (Lê.):  “1) Qual é a base de arrecadação a partir da qual se estabelecerão as metas? 2) Que tipo de tributos e em que época? 3) Qual a projeção de receita e despesa do PREVIMPA relativa a cada cargo? 4) Qual a incidência do incremento de receita previsto no Projeto e do custo, na correção receita/despesa, em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal?”. Então, passo às suas mãos, para que a Casa assuma.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Eu vou pedir que a Diretora Legislativa, Drª Rose,  faça o encaminhamento imediato para a Comissão de Justiça da Casa, como um complemento a uma Diligência já deferida por este Plenário.

A Verª Sofia Cavedon está com a palavra  para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, prezada Direção do Sindicato dos Municipários e municipários que acompanham os debates desta tarde, a Bancada do Partido dos Trabalhadores está muito preocupada e quer que esta Casa faça, junto com a categoria municipária, um debate profundo, profícuo, sério e conseqüente sobre o Projeto de Lei encaminhado pelo Executivo que institui a Gratificação de Resultado Fazendário.

Levantamos essa preocupação ainda com mais premência porque verificamos que a Líder do Governo está solicitando urgência na votação dessa gratificação. Nós já temos a informação de que o Sindicato dos Municipários não fez o processo de debate com a categoria, que é a primeira condição para discutirmos um tema tão delicado, um tema que interfere em isonomia salarial, interfere em custo de pessoal e, portanto, em gasto com pessoal na cidade de Porto Alegre. É um tema que interfere em carreiras, interfere em arrecadação, interfere, inclusive, na matriz salarial desta Cidade. Ele não pode ser tratado sem um posicionamento, sem um amplo conhecimento da categoria municipária e sem uma manifestação através das suas instâncias legítimas de representação. Essa é a primeira preocupação, Verª Clênia Maranhão. Nós não podemos compreender e nem aceitar Regime de Urgência para um Projeto que tramita há tão pouco tempo e sobre o qual não temos a posição da categoria municipária.

Em segundo lugar, a Bancada do Partido dos Trabalhadores, junto com o PCdoB, fez uma série de questionamentos na forma de Diligência, porque entende que o Projeto é por demais vago, por demais confuso e obscuro em temas que são fundamentais. Uma questão diz respeito à repercussão para o nosso sistema previdenciário dessa ampliação através de gratificação. Peguemos um dos cargos apenas, Ver. Carlos Comassetto, o cargo de Fiscal. Há cem Fiscais na ativa e 50 Fiscais inativos. Segundo o Projeto, os inativos também serão beneficiados pela gratificação. Isso significa, de imediato, 2.100 reais para cada servidor aposentado, o que tem um custo imediato para a Previdência, para o nosso PREVIMPA, para a nossa aposentadoria. No entanto, a contrapartida relativa ao aumento dos proventos dos municipários da ativa é muito menor, através da aplicação dos 11%. De imediato, haverá um déficit colocado para o nosso jovem sistema previdenciário em torno de 60 mil reais/mês, Ver. Luiz Braz. Esse é um dos cargos. E todos os cargos da Fazenda, se aprovado o Substitutivo, também os do GAPLAN - alguns do GAPLAN -, terão essa implicação, a implicação de uma incorporação de maiores custos ao PREVIMPA, e há uma contribuição que não compensa, portanto será um prejuízo incorporado ao nosso sistema previdenciário.

E há outros temas muito importantes. O Projeto não deixa claro, a não ser pelo debate que começamos a fazer na imprensa, sobre quais os tributos que terão metas. Que critérios essas metas terão? Em que volumes serão estabelecidas as metas? Por que a retroatividade? E o teor do Decreto? Por que isso está jogado para um Decreto? E não teremos governabilidade sobre a gratificação? Mais: essa gratificação aos aposentados passará a ser incorporada. Bem, qual o tempo para que os funcionários na ativa incorporem a gratificação? E, se daqui a um, dois anos, se esgotar a ampliação de receita, nós incorporaremos esse custo para os aposentados? É possível o nosso sistema previdenciário suportar? Os municipários têm noção do impacto relativo aos benefícios e ao custo imediato que vai dar na folha de pagamento, que vai dar em função do reajuste do conjunto dos municipários? Não temos esses dados.

Uma série de perguntas como essas nós achamos necessária, Ver. Ibsen; é necessário que a Comissão de Constituição e Justiça se empenhe para que o Governo traga esclarecimentos, demonstre como é que vem projetando uma aplicação dessa ordem. O que nós estamos enxergando é que teremos gratificações muito altas, que se distinguem demais do conjunto dos municipários, no valor de 4 mil reais ou mais. Significa, junto com uma série de outras medidas, que este Governo está assumindo a criação de altos salários, a substituição de uma matriz salarial horizontal por uma matriz salarial verticalizada; com isso, a curto e a médio prazo, a categoria municipária terá dificuldades de lutar por um salário digno para todos. Isso, junto com uma série de medidas, de privatização, de privilégio, de FGs especiais, é um sinal de alerta no sentido de que nós estamos perdendo a qualidade da política salarial de cargos e salários que tínhamos na Prefeitura de Porto Alegre.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Ibsen Pinheiro está com a palavra para uma Comunicação de Líder. 

 

O SR. IBSEN PINHEIRO: Sr. Presidente, eu quero registrar um gesto de solidariedade ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Quero ser solidário também com o candidato Cristovam Buarque e com a candidata Heloísa Helena. Com o Presidente é até mais fácil a solidariedade, porque eu li que ele foi multado em 900 mil reais.

Sr. Presidente e Srs. Vereadores, isso não guarda nenhuma relação com a realidade! Uma multa de 900 mil reais por exercício da propaganda eleitoral só pode ser expressão da deformação que vivemos neste momento. Quase se criminalizou a campanha eleitoral. Sente-se um clima de criminalização da campanha eleitoral. Quantos, aqui, estão pagando multas de campanhas eleitorais anteriores? Com dificuldade até mesmo de admiti-lo, porque são equiparados a delinqüentes. No caso do Senador Cristovam Buarque, eu, constrangido por assistir, e ele, constrangido por admitir que o seu gabinete tinha usado a máquina pública em campanha eleitoral. E sabem como, Srs. Vereadores? Respondendo a um e-mail de um cidadão que pedia alguma informação sobre o roteiro do Senador. Assim também a situação da Senadora Heloísa Helena, que eu soube que dispensou um funcionário por ter emitido ou recebido uma mensagem pelo seu terminal de computador envolvendo a sua ação política, que neste momento é eleitoral.

Eu fico pensando, Sr. Presidente: se eventualmente alguém liga para este celular que está na minha mão, e pergunta qual é o meu número de candidato - e nem vou repetir aqui, porque estamos sendo transmitidos pela televisão -, se eu respondo o meu número por este celular, para uma avaliação rigorosa, estarei fazendo uso da máquina pública, porque a linha deste celular pertence à Câmara Municipal de Porto Alegre, para o desempenho da minha atividade política. Sr. Presidente, eu não quero ser nem cínico nem debochado, mas, se estiver usando o sanitário desta Casa por conseqüência de uma necessidade nascida de uma roda de chope num ato eleitoral, isso será também uso da máquina?

Ora, o bom senso percebe claramente o que pode significar o uso da máquina pública, mas como avaliar cada gesto do Presidente da República? Sobre a gravata que ele está usando: onde comprou, em que dia, será que não estava no exercício da Presidência quando comprou aquela gravata? Isso é uso da máquina? Eu sei o que vão me dizer, que essa é a legislação, mas eu quero acrescentar que essa legislação intimidada, acossada, o Parlamento a fez no cumprimento de um clima de caça às bruxas na atividade pública. Ora, Sr. Presidente, assim como nós não podemos nos acumpliciar ao malfeito de qualquer natureza, não podemos confundir a vida pública como se ela fosse o exercício do malfeito, e isso é o que ocorre.

Mandei colocar num comitê eleitoral uma placa na porta e tive o cuidado de que tivesse quatro metros quadrados, mas, depois de colocada, percebi que o campo de fundo estava maior do que quatro metros quadrados, pois pertence à obra. E fico eu a imaginar: se o fundo da peça eleitoral se confunde com o fundo da parede estática, isso é ou não violação ao limite eleitoral? Eu não conheço lei que estabeleça esse limite, mas há um clima de criminalização da campanha eleitoral.

Já escutei e li que a cidade está mais limpa. Olha, não havia democracia mais limpa que a democracia da Alemanha de 1933 em diante. Era limpa, não tinha nem divergência, e o Parlamento era silencioso, quieto e bem ordenado. Eu não vou dar outros exemplos de regimes de ruas limpas, bem varridas, postes despidos e a vontade popular nua também. Saudade da sujeira democrática? Eu também não gosto de sujeira como qualquer pessoa normal, mas não há nada pior do que a sufocação da liberdade.

Eu vejo um clima de exercício da censura sobre o outro, Sr. Presidente, até na proibição do fumo, e eu sou a favor de que não haja fumantes passivos; mas sou a favor da liberdade do fumante ativo. Ele que fume a sua nicotina e encharque os seus pulmões à sua própria conta e risco. Mas não! O que se percebe é um esforço de patrulhar o outro! O fumo faz mal à saúde, os carboidratos também, o álcool também e alguns hábitos noturnos também. Vamos botar na lei todas essas proibições!

Vamos ficar na Lei Eleitoral, que é o nosso tema atual. Não há tempo para mudar a lei, mas há tempo para que todos percebam - o Ministério Público, Justiça Eleitoral e quadros políticos - que aquilo que nós estamos fazendo, distribuir santinhos, é serviço público, sim! Porque sem isso não há liberdade e nem democracia! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MANUELA D’ÁVILA: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores e todos que nos assistem aqui no dia de hoje, é sempre bom ter Casa cheia com nossos funcionários do Município, com estudantes e alguns funcionários de bingos da nossa Capital.

Ver. Ibsen Pinheiro, fiquei feliz ao ouvi-lo, inclusive falarei de um Requerimento de minha autoria. Não faço muitos requerimentos, a não ser quando sinto a importância real de que esta Câmara discuta alguns assuntos que a sociedade não está discutindo. Acho que às vezes nós temos que tentar pautar as ações da sociedade da nossa cidade de Porto Alegre. Fiz uma Moção de Repúdio à emissora MTV. Vejam que ironia: a mais jovem Vereadora desta Casa propor que esta Casa repudie uma emissora de televisão, teoricamente, que cumpre o papel de diálogo com a juventude.

Verª Mônica Leal, a Emissora lançou uma campanha que se chama Pacto pelas Eleições. E, em vez do teórico pacto pelas eleições, de tratar de impactar a juventude brasileira da necessidade da sua participação, seja em qual esfera for, acreditando em “x” em “y” ou em “z”, em qualquer um de nós ou em nenhum de nós, em outras pessoas, a Emissora manda a juventude preparar os seus ovos, os seus tomates porque não há opção: ou se vota em corrupto ou se vota em ladrão.

E a televisão - assim como eu conheço, assim como V. Exª, por ser jornalista - é uma concessão pública. Nós sabemos que, naquilo que é público, não se pode fazer campanha pelo voto nulo. Agora, além dessa campanha despolitizada, entra no clima daquilo que o Ver. Ibsen Pinheiro diz... Eles podem tudo, Vereador! Eles podem tudo, eles pautam o que quiserem na imprensa brasileira, e nós saímos nas ruas como se fôssemos culpados, acusados e condenados. Essa é a grande onda que a imprensa brasileira construiu, que a mídia brasileira construiu, em conjunto com o Congresso, que não teve a ousadia de criar ou de pautar uma reforma política séria, que acabasse com os equívocos profundos da política, que tentasse corrigir, a partir do financiamento público de campanha, os desvios do dinheiro público. Porque é para onde o dinheiro público vai, para pagar faixas de dois metros por dois metros, Ver. Ibsen Pinheiro, que dão quatro metros, ou cinco ou seis metros! As verdadeiras máquinas eleitorais continuam, com qualquer metragem. A despolitização do povo favorece ou não, Ver. João Antonio Dib - no auge da sua experiência -, a compra dos votos nas nossas vilas? Se eu não acredito em nada, melhor votar em alguém que me dá uma cesta básica do que votar nulo. Esse é o cálculo de parte importante da sociedade brasileira. E nós não podemos admitir que isso aconteça.

Ontem, eu panfleteava no mesmo lugar em que panfleteio há oito anos: na porta de uma escola. E uma professora - aquela que teria a tarefa de educar os jovens, as crianças e os adolescentes, de se preocupar em passar a perspectiva para essa juventude - me disse que era proibido panfletear na rua, na calçada. Como se panfletear fosse parte do sistema do narcotráfico brasileiro, como se fizesse parte da rede do crime organizado! Eu me senti como uma cocainômana ou como uma portadora de arma ilegal por panfletear algo com as idéias que tenho, que apresento e que defendo em tudo quanto é lugar em que estou! E os senhores e as senhoras que me conhecem sabem que, em todos os momentos do meu mandato - e antes dele -, estive nas escolas emitindo minhas opiniões. E uma professora me disse que, por aquela ser uma atividade ilegal - na calçada, não dentro -, chamaria o TRE, o TSE, Polícia, quem tivesse que chamar, para tirar aquela gente dali.

Eu acho que nós temos de estar preocupados, porque esse clima não surge do nada. Essa desestabilização da política não surge por iniciativa própria de uma ou de outra pessoa - e eu falei isso outras vezes aqui -, acho que surge daqueles que têm medo de que nós, eventualmente, representemos algum setor da sociedade que precisa ser representado. E mais: eu acho que nós devemos ter clareza de quais são os setores dessa sociedade que precisam ou não da política. Eu acho que alguns setores, como aqueles que podem pagar os seus planos privados de saúde e a universidade privada para os seus filhos, realmente não precisam que o Estado funcione, que o Estado garanta aquilo que é necessidade do povo mais humilde.

Agora, há outra parte da sociedade: aquela que sabe o preço do transporte público, que sabe a falta do subsídio para o diesel; aquela que sabe o que é a fila no Postão da Vila Cruzeiro, que pega essa fila e vê que a cirurgia é para daqui a dois anos; ou fica esperando dois anos, porque acreditou que a espera seria de dois meses; aquela que sabe o preço do medicamento, sabe que seu filho toma um remédio de 15 reais tendo a mesma doença de outro que toma um de 600 reais, que o SUS não distribui. Essas pessoas é que precisam da boa política.

Para essas pessoas, nós precisamos de leis sérias, de uma reforma política séria, que altere aquilo que está no fundo dos problemas da política brasileira, que não faça o mar parecer tranqüilo em cima. Quando entramos no mar, e o mar está tranqüilo em cima, achamos que a bandeira está verde, mas, por baixo, o mar está preto, está sujo, um dos melhores dias para se morrer afogado. Essa é a comparação: deixaram o mar tranqüilo em cima e não alteraram aquilo que faz com que a política não tenha credibilidade para a população brasileira. Nós queremos essas mudanças e queremos poder fazer política, porque o ser humano só se realiza quando ele se realiza nessa dimensão, a dimensão da sua luta para alterar a sociedade em que a gente vive. Muito obrigada. (Palmas.)

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu pediria licença à Verª Manuela para continuar, para copiar, quase plagiar a sua frase: realmente, cuidado com esse mar, calmo na superfície, mas, por baixo, na sua intimidade, completamente traiçoeiro; muitas vezes, essa bendita água pode ser um mecanismo de afogamento. Muito cuidado.

Eu não entendo como esse mar de felicidade, como esse mar de tranqüilidade, como essa bonomia governamental aparece nas TVs brasileiras, em todos os sentidos, com as mais maravilhosas de todas as notícias, com frotas de navios, com estaleiros, o Brasil explodindo fantasticamente, desenvolvendo-se na plenitude da felicidade do seu povo. Isso na televisão. Na realidade, vivemos um País completamente diferente desse mar plácido, plano, sem perigos, como falou a Verª Manuela. Será que é nesse mesmo País que nós vivemos? Ou vivemos num outro país? Porque aqui em Porto Alegre, na Grande Porto Alegre, estamos próximos dos trezentos mil desempregados. Trezentos mil chefes e mulheres que sustentam famílias estão desempregados! Será que é esse mesmo País que clama desesperadamente por uma política nacional de Segurança, pois não temos segurança nem trancafiados em nossas casas?! Será que é esse mesmo País que, até há poucos dias, prometia um desenvolvimento de 10% do seu PIB? E os órgãos oficiais de Governo agora anunciam, com a maior desfaçatez da história, 2,5% ou 3%! Em 31 de dezembro de 2006, cresceremos, no máximo, 3%, quando, em janeiro, anunciavam 10%!

É esse o País que nós queremos? É esse o País que está na televisão? É esse o País que está nas propagandas?

Esta é a hora da meditação, esta é a hora da preocupação, esta é a hora da consciência sobre a tragédia que nós vivemos, na ausência quase total, neste País inteiro, da chamada Educação Infantil, da chamada pré-escola; este País inteiro sem segurança e dominado por um dos piores espectros da história do Brasil, numa das piores notícias recebidas em todos os anos deste Brasil República: no ano passado e neste ano, chegamos ao fim do poço, com todas as instituições políticas desacreditadas e com um Presidente da República noticiado e indiciado como criminoso pelo Procurador-Geral da República!

Será que é esse o País que está na televisão? Será que é esse o País que está nesse mar calmo e sereno, onde não há violência urbana, onde não há miséria, onde a Saúde é um mar de felicidade? Ou vocês não conhecem as Emergências dos grandes hospitais de Porto Alegre, onde há “choro e ranger de dentes” e rejeição completa do sistema quando o indivíduo está na pior fase de sua vida, que é a fase da dor? Será que é esse o País da propaganda? Será que há sinceridade nisso? Será que é isso que nós queremos? Mas um dia o povo vai ter consciência e vai dar a resposta.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, quero saudar os nossos funcionários públicos e os demais porto-alegrenses que acompanham os nossos trabalhos na tarde de hoje. Eu queria parabenizar o Ver. Ibsen Pinheiro, que nos instigou a um debate mais de conteúdo e nos reportou a discussões conceituais sobre a realidade brasileira e o momento político que nós estamos enfrentando no Brasil hoje.

O cotidiano de um Parlamento Municipal imprime muito um debate sobre as questões da vida das pessoas que estão mais próximas de nós. Muitas vezes, nós nos esquecemos de que não somos uma ilha e de que nenhuma Cidade brasileira se constitui isoladamente da problemática das Unidades Federadas e muito menos do País onde ela está inserida. Portanto, é inevitável que nos reportemos, neste momento, à situação do País, a essa gravíssima crise que enfrenta a sociedade como conseqüência da crise ético-política do mundo público e parlamentar brasileiro, uma realidade de subseqüentes denúncias que, inclusive, fez com que um importante jornalista brasileiro cunhasse uma frase que é realmente impressionante, quando ele diz: “O Governo desmoralizou o escândalo”.

Somado a essa realidade infeliz que nós vivemos hoje no cenário político deste País, percebemos também um enorme vazio de novas idéias, o que gera, conseqüentemente, uma enorme desesperança nas possibilidades de mudança, de melhoria de vida da situação dos brasileiros, o que faz com que a população se sinta muito apartada do processo eleitoral em curso e já tão próximo. É por isso que é extremamente compreensível que as pessoas se sintam tão desestimuladas para o exercício político do voto e ainda sem ter feito suas escolhas para as eleições que logo mais se aproximam.

Eu acredito também que o vazio dessas idéias, as descrenças e as desesperanças originadas das práticas inadequadas, inaceitáveis, muitas das quais abomináveis de um número expressivo de representantes políticos brasileiros, realmente são o indicativo de uma morte anunciada, de uma situação de muita omissão nesse processo. E isso também nos leva a refletir e nos coloca a responsabilidade pública de reavaliarmos os papéis dessas instituições; de quanto, hoje, o mundo dessas instituições públicas está distante do cotidiano das pessoas, da problemática enfrentada pela maioria dessa população que busca emprego, que tem dificuldade de sobreviver com um mínimo que garanta a dignidade das suas famílias.

Então eu acho que esse distanciamento entre o mundo real, o mundo das pessoas que não estão envolvidas nas representações parlamentares, e os discursos, as práticas e os procedimentos burocráticos institucionais, realmente, cada vez mais reforça a incompreensão do espaço público e dos seus representantes em relação à vida concreta dos habitantes deste País.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara, queria saudar a todos.

A Verª Sofia, no seu pronunciamento, mais uma vez, criticou violentamente o Governo Municipal e o Governo Estadual, só que eu quero lembrar à Verª Sofia que quem parou de pagar a bimestralidade foi o Governo do PT. Repito: quem parou de pagar a bimestralidade foi o Governo do PT! Críticas são feitas ao nosso Prefeito pelas Comissões desta Casa, inclusive aqui deste Plenário, só que a realidade como é colocada por alguns Vereadores não corresponde ao que está acontecendo na área administrativa. Nos últimos três anos, Ver. João Antonio Dib, a Prefeitura teve déficit, e nós sabemos que isso causa problemas sérios para administrar a Cidade, porque a Prefeitura perde créditos, investimentos. O Governo Fogaça, juntamente com a sua equipe, está recuperando a credibilidade para que a Prefeitura não perca esses créditos.

Muitas vezes elogiei, aqui nesta Casa, o Ver. Todeschini, quando ele foi Diretor do DMAE - porque a gente ocupa muito os órgãos públicos -, pela forma como ele atendia a este Vereador. E não me arrependo disso. Agora, o que nos entristece é quando a gente ouve críticas, críticas e mais críticas, como eu ouvi ontem numa reunião da Comissão da qual faço parte, e que é presidida pelo Ver. Todeschini, estavam presentes moradores de rua e diversas entidades, inclusive o Secretário da SMAM, o Ver. Beto Moesch. Naquele momento, mais uma vez, houve críticas muito fortes da nossa estimada colega Verª Maria Celeste, criticando violentamente o Governo Municipal. Parece, como eu disse ontem, que antes tudo era céu, tudo era às mil maravilhas; hoje tudo é inferno. Não é assim, gente! Acho que as coisas não funcionam assim! Pelo menos é o meu modo de ver, o meu modo de agir, o meu modo de pensar as coisas. O que se ouviu, ontem, foram muitas críticas à área da Saúde, e nós sabemos que a Saúde se encontra em situação extremamente difícil, delicada.

Agora, uma pergunta que eu faço aos senhores que nos acompanham nas galerias, às pessoas que nos assistem pelo Canal 16 da TVCâmara: cadê o dinheiro da CPMF? A lei foi criada para que os recursos arrecadados fossem aplicados na área da Saúde, mas onde estão sendo aplicados esses recursos? Porque poderiam, sim, com esses milhares e milhares de reais que são recolhidos mensalmente, se aplicados na área da Saúde, ter resolvido muitos desses problemas, e nós não teríamos essas filas, gente nas Emergências, até gente morrendo por falta de atendimento. Pois cadê o dinheiro da CPMF? Cadê essa lei que foi aprovada? Por que não são canalizados esses recursos arrecadados para o fim que foi criado? Isso tem de ser dito aqui para a população acompanhar e saber. Esses recursos, meu caro Presidente, estão sendo canalizados para onde? Para uma vala comum que ninguém sabe onde está. Então vamos com seriedade e vamos colocar as coisas às claras, para que a população também entenda o que cada Vereador e cada Vereadora pensa e o que fala também.

Meu caro Presidente, agradeço a V. Exª e peço perdão por ter-me excedido um pouco no meu tempo.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado, Ver. Ervino Besson.

O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu quero expressar aqui a minha observação como Vereador e ex-Secretário e lembrar que sempre tenho me colocado, aqui nesta tribuna, a favor do funcionalismo municipal. Mas há necessidade de fazermos algumas observações. Nós estaremos juntos aos funcionários, mas temos de ter também a coerência de observar o passado e de projetarmos o futuro.

Lembro-me de que eu estava na Secretaria e, quando entrei na sala de outra Secretaria, vi um gráfico, Ver. João Dib, no qual os funcionários municipais afirmavam, colocavam, que havia uma defasagem de mais de 19%. Tão logo o Governo Fogaça assumiu, queriam que ele recuperasse os 19% do Governo que passou 16 anos prometendo, prometendo muito, iludindo o funcionalismo municipal.

Eu vejo aqui este belo informativo (Exibe documento.), e aqui há uma amostragem: “Com Fogaça, Rigotto e Lula, são só cortes”. Veja aqui que passa pela Prefeitura, passa pelo Governo do Estado e passa pela União, com Partidos diferentes. Eu realmente não sei, mas torço para que o Sindicato dos Funcionários Municipais se entenda, porque há uma parte do PT, hoje há uma parte do PSTU, há outra parte do P-SOL e outras partes não sei de quem. Está confuso, as suas lideranças estão em conflito permanente, embora tenham vindo do mesmo berço. Mas tão logo passe a eleição, quero adverti-los e observar que a cláusula de barreira fará com que eles se encontrem num determinado Partido, a cláusula de barreira vai fazer com que esses Partidos pequenos terminem. Partido de aluguel, não! O Brasil não terá mais Partido de aluguel! A partir desta eleição, haverá a purificação dos Partidos políticos. Aquele Partido que não atingir 5% nacionalmente, ou 2% em nove Estados, não vai se estabelecer.

Eu fui à posse do Sindicato dos Comerciários e senti que a Presidente é uma pessoa interessada, mas terá muita dificuldade em comandar esse processo com essas correntes às vezes até radicais demais para o processo de valorização do funcionário. Tem que lutar, sim, pelo funcionário; os Governos que passaram aí prometeram demais, não fizeram nada, tiraram a bimestralidade e ainda não a estão dando. O que eu mais sinto do funcionário municipal é o que ele quer: quer uma assistência de saúde muito boa em Porto Alegre, que ele não tem. Nós temos o PREVIMPA para a pensão e a questão previdenciária. O funcionalismo municipal precisa de um atendimento melhor na Saúde, que é muito precário. Porque quem ganha pouco, cada vez que vai pagar, na iniciativa privada, paga muito, fica com dificuldade. Eu vou continuar com a luta dos funcionários, mas sempre observando, relatando fatos em que radicalismo não leva a nada.

Volto a frisar - para terminar, Sr. Presidente -, após a eleição, eles vão se unir novamente. Hoje estão brigando, mas o PSTU não vai se estabelecer, o P-SOL não vai se estabelecer, não há condições de atingir a cláusula de barreiras de 5% no País, e aí eles estarão juntos novamente, mas hoje estão brigando.

Quero terminar repetindo: critica-se o Governo Fogaça, Rigotto e Lula. Mas, afinal, eles não passaram por esses Governos, não passaram por um deles, seja no Município, no Estado ou na União? Os funcionários têm de lutar. Mas radicalismo, esquerdismo demais e incoerência não vão levar os funcionários a requisitar, a ter o direito pela sua luta.

O Governo anterior deixou uma defasagem de mais de 19%, que não se recupera em uma tacada, e sim com diálogo. E eu estou pedindo a este Governo, este Governo Fogaça, que tenha diálogo com os funcionários, que não fuja do diálogo, abra o diálogo permanente para recuperar as perdas dos funcionários municipais. Obrigado, Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Senhores e senhoras que visitam o nosso plenário, todos são muito bem-vindos a esta Casa. Esta Casa é a Casa do Povo, não poderia ser diferente. Só que a fala aqui somente é franqueada aos Vereadores e às Vereadoras que ocupam a nossa tribuna e também os microfones de apartes. Eu peço que os senhores se portem respeitosamente para permanecerem no nosso plenário. Ninguém é obrigado a ficar aqui. Agora, ficando aqui, eu peço que respeitem todos os Vereadores e todas as Bancadas que têm assento nesta Casa, por favor.

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, nós temos um Processo aqui, pelo menos um, que exige dois terços dos Srs. Vereadores para a aprovação. Eu vou sugerir ao Plenário que possamos deixar este Projeto, que precisa de dois terços, para o final, a fim de que ele não inviabilize a votação dos demais Projetos que temos na Ordem do Dia.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Requerimento): Sr. Presidente, faço um Requerimento a V. Exª, considerando que já fizemos um acordo na Reunião de Líderes na segunda-feira de manhã, para que possamos fazer, neste momento, uma Reunião Conjunta das Comissões para votar o Parecer do Processo nº 4.316/06, Projeto de Lei do Executivo nº 030/06, que dispõe sobre o aumento dos vencimentos, salários e proventos dos servidores municipais. Relato que há uma unanimidade, pelo menos havia na segunda-feira, em relação à urgência de votação deste Projeto, inclusive há vários Líderes que estão aqui acompanhando este debate, e eu acho que nós deveríamos agilizar o processo.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Certo, Verª Clênia, está aqui. Acredito que foi aprovado na reunião das Lideranças, em primeiro lugar, essa Reunião Conjunta das Comissões, exatamente para que possamos votar o Parecer ao Processo n° 4.316/06, Projeto de Lei do Executivo n° 030/06, que dispõe sobre o aumento dos vencimentos, salários e proventos dos servidores públicos municipais e dá outras providências.

Nós suspendemos a Ordem do Dia e solicitamos ao Ver. Ibsen Pinheiro, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, que assuma os trabalhos para que possamos realizar a Reunião Conjunta das Comissões.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h41min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz - 17h15min): Estão reabertos os trabalhos.

Eu solicito, por favor, que haja silêncio no plenário. Estou vendo que a platéia está irritada, e não pode alguém da platéia impedir os debates do Plenário. Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h17min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz - 17h19min): Estão reabertos os trabalhos.

 

REQUERIMENTOS  - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. N. 120/06 – (Proc. N. 4128/06 - Comissão de Educação, Cultura e Esportes – CECE) – requer Moção de Solidariedade aos professores que ingressaram no serviço público de acordo com a LC nº 494/03, que dispõe sobre a reserva de vagas para afrobrasileiros, em concursos públicos em Porto Alegre, tendo em vista que o Tribunal de Contas/RS negou registro aos atos de admissão. (incluído em 16-08-06)

 

REQ. N. 119/06 – (Proc. N. 4127/06 – Ver.ª Manuela d’Ávila) – requer Moção de Repúdio à Emissora MTV Brasil, pela campanha “Pacto MTV sobre eleições. Prepare ovos, tomates e, principalmente, a pontaria.” (incluído em 14-8-06)

 

REQ. N. 123/06 – (Proc. N. 4247/06 – Ver. Valdir Caetano) – requer Sessão Solene a ser realizada no dia 30-08-06, às 19 horas, destinada a assinalar o transcurso do 40º aniversário do Clube do Professor Gaúcho. (incluído em 17-08-06)

 

REQ. s/n. – (Proc. N. 3835/06 – Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação - CUTHAB) – requer a indicação dos funcionários José Ricardo Orlandini Pereira, como titular, e Leonardo Ribeiro César, como suplente, na representação deste Legislativo junto ao Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia.  (incluído em 21-08-06)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em votação o bloco composto pelos seguintes Requerimentos: Requerimento nº 120/06, de autoria da Comissão de Educação, Cultura e Esportes; Requerimento nº 119/06, de autoria da Verª Manuela d’Ávila; Requerimento nº 123/06, de autoria do Ver. Valdir Caetano, e o Requerimento s/n, de autoria da CUTHAB, que requer a indicação dos funcionários José Ricardo Orlandini Pereira, como titular, e Leonardo Ribeiro César, como suplente, na representação deste Legislativo junto ao Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o bloco dos Requerimentos, com o voto contrário do Ver. Cassiá Carpes.

Lembro aos Srs. Vereadores que o Requerimento nº 121/06 não faz parte desse bloco, portanto não está sendo votado agora. 

Eu havia feito uma sugestão aos Srs. Vereadores no sentido de que pulássemos o Projeto que exige dois terços para a aprovação e passássemos para os outros blocos, a fim de adiantarmos as votações na Casa. Se houver concordância dos Srs. Vereadores, nós passaremos, então, para os blocos seguintes.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 0935/06 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 007/06, que declara de utilidade pública a entidade “Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul”.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relatora Ver.ª Maria Celeste: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 21-08-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 1187/06 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 013/06, que declara de utilidade pública a entidade “Fundação Projeto Pescar”.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Carlos Comassetto: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 21-08-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o bloco composto pelos seguintes Projetos: PLE nº 007/06 e PLE nº 013/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o bloco dos Projetos.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 6116/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 285/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina os seguintes logradouros públicos parcialmente cadastrados, localizados no Bairro Hípica: Rua Guatambu, Rua Corticeira, Rua Angico, Rua Embira.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 21-08-06.

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 0619/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 019/06, de autoria da Ver.ª Mônica Leal, que institui a Semana Municipal de Combate à Evasão Escolar, a ser realizada anualmente, no mês de setembro, na semana que abranger o dia 15, que passa a integrar o Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relatora Ver.ª Maria Celeste: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 21-08-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 0857/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 031/06, de autoria do Ver. Adeli Sell, que denomina Praça Nilva Mortari o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Praça 3137, localizado no Bairro Santa Maria Goretti.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 21-08-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 2138/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 085/06, de autoria do Ver. Raul Carrion, que institui o Dia Municipal de Luta dos Povos Indígenas, que será celebrado no dia 07 de fevereiro, anualmente.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Carlos Comassetto: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Carlos Todeschini: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 21-08-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 2199/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 088/06, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que institui o Dia Municipal do Agente de Segurança, a ser comemorado no dia 12 de agosto de cada ano.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 21-08-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 2589/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 100/06, de autoria do Ver. Adeli Sell, que institui o Dia Municipal do Agente de Fiscalização de Trânsito e Transporte, a ser comemorado no dia 3 de agosto de cada ano, passando a integrar o Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 21-08-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 2949/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 076/06, de autoria da Ver.ª Neuza Canabarro, que concede o prêmio literário “Érico Veríssimo” ao Escritor Kenny Braga.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 21-08-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 1752/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 067/06, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que concede o “Troféu Destaque Mário Quintana” ao Jornalista Cláudio Barcellos (Caco Barcellos).

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 21-08-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 1755/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 068/06, de autoria do Ver. Maurício Dziedricki, que concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” ao Músico Francisco Carlos Trindade Saratt.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 21-08-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o bloco composto pelos seguintes Projetos: PLL nº 285/05, PLL nº 019/06, PLL nº 031/06, PLL nº 085/06, PLL nº 088/06, PLL nº 100/06, PR nº 076/06, PR nº 067/06, PR nº 068/06. (Pausa.) A Verª Mônica Leal está com a palavra para discutir o bloco dos Projetos.

 

A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, gostaria de me manifestar sobre o Projeto de Lei de minha autoria que institui a Semana Municipal de Combate à Evasão Escolar, a ser realizada anualmente no mês de setembro. Nós sabemos que o maior problema que enfrentamos hoje é a evasão escolar. Várias são as causas desse problema, mas uma das mais relevantes é a baixa renda. E nós precisamos fazer um trabalho efetivo, um trabalho de conscientização não só com os jovens, mas com toda a sociedade, trazendo palestras, exposição de vídeo, debatendo, para que o jovem e também a sociedade tenham consciência da importância de o aluno permanecer na escola. Somente dessa forma o jovem terá um projeto de vida, terá um trabalho, será inserido no mercado de trabalho, terá uma oportunidade. Eu entendo que a permanência na escola reflete diretamente na sua realização pessoal, profissional.

Então, trago este Projeto, que consiste em tratar essas questões numa semana por ano. Peço a compreensão de todos, Vereadores e Vereadoras, para a aprovação deste Projeto, porque, dessa forma, trabalhando essa Semana para a conscientização da importância de o jovem permanecer na escola, na semana de 15 de setembro, desenvolvendo esse trabalho, nós, com certeza, estaremos contribuindo para o crescimento e para as oportunidades dos jovens no futuro do nosso País. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Encerrada a discussão. Em votação o bloco contendo os seguintes Projetos: PLL nº 285/05, PLL nº 019/06, PLL nº 031/06, PLL nº 085/06, PLL nº 088/06, PLL nº 100/06, PR nº 076/06, PR nº 067/06 e PR nº 068/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o bloco dos Projetos.

Apregôo as Emendas nºs 01, 02, 03 e 04 ao Substitutivo nº 02 do PLL nº 104/03. Emenda n° 01, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, ao Substitutivo n° 02 do PLL n° 104/03 (Lê.): “Altera a redação do art. 1º do Substitutivo nº 02 ao PLL nº 104/03, passando a ser a seguinte, acrescenta os parágrafos 1º e 2º e adéqua a ementa. Art. 1º - Fica vedada a entrega das embalagens não-retornáveis aos consumidores pelos comerciantes irregulares e ambulantes na orla do Guaíba, no Município de Porto Alegre. Parágrafo 1º - O comércio de bebidas embaladas em garrafas não-retornáveis ocorrerá mediante o fornecimento da bebida em copos descartáveis. Parágrafo 2º - O comerciante de bebidas embaladas em garrafas não-retornáveis é o responsável pelo acondicionamento das embalagens vazias para o recolhimento pelo serviço público de limpeza urbana.“

Emenda nº 02, da Verª Clênia Maranhão, ao Substitutivo nº 02 (Lê.): “Exclui o art. 2º e o art. 3º do Substitutivo nº 02 ao PLL nº 104/03.”

Emenda nº 03, do Ver. Bernardino Vendruscolo, Líder da Bancada do PMDB, ao Substitutivo nº 02 (Lê.): ”Inclui artigo, onde couber, com a seguinte redação: ‘O Poder Executivo regulamentará esta Lei.’”

Emenda nº 04, da Verª Clênia Maranhão, ao Substitutivo nº 02. (Lê.): “Inclui artigo, onde couber, com a seguinte redação: ‘Não será concedida licença especial para os vendedores ambulantes ou alvará para o comércio de produtos acondicionados em garrafas não-retornáveis nos locais indicados no art. 1º.’”

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 4758/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 201/04, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que institui o serviço de entrega e coleta de pequenas cargas, mediante utilização de motocicletas, no Município de Porto Alegre, denominado moto-frete, e dá outras providências. Com Substitutivo n. 1. Com Emendas nos. 01 a 10 ao Substitutivo N. 01. Com Emenda n. 02 ao Projeto.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao Projeto e ao Substitutivo N. 01.

 

Observações:

- incluído na Ordem do Dia, por força do art. 81 da LOM, em 15-06-05;

- retirada a Emenda n. 01 ao Projeto;

- adiada a discussão, por três Sessões, em 03-05-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLL nº 201/04 e o Substitutivo nº 01. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Carlos Todeschini, o Substitutivo nº 01 do PLL nº 201/04. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) São 10 votos SIM e 01 ABSTENÇÃO. Não há quórum suficiente para prosseguirmos os trabalhos.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h36min.)

 

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